O ANO DA MORTE DE RICARDO REIS o filme de João Botelho no Tangenciais a Pessoa

THE YEAR OF RICARDO REIS’ DEATH
João Botelho at the Tangential to Pessoa


SAB 12 NOV | 11h00 | Cinema NOS | Tavira Plaza
organização Cineclube de Tavira
INFO E RESERVAS:
Email: cineclubetavira@gmail.com

numa homenagem a José Saramago no ano em que faria 100 anos
organização Cineclube de Tavira e Partilha Alternativa

É um livro sobre a solidão, triste, sobre uma cidade triste, sobre um tempo triste. Em 1936, eu tinha 14 anos, mas lembro-me da tristeza que era essa cidade e, sem abusar das comparações, talvez os leitores de hoje, nesta cidade de hoje, sejam capazes de encontrar algumas outras manifestações de tristeza e solidão
     José Saramago
João Botelho, numa entrevista à RTP por ocasião da estreia do filme, responde assim à pergunta sobre o que o levou a escolher este texto de Saramago para transformar em filme:

“Saramago tem muitos textos bons. Eu poderia ter escolhido qualquer um, mas este era especial… não havia ainda a pandemia, mas havia a inquietação. Eu acho que o cinema pode inquietar, e pode consolar ao mesmo tempo. Inquietar no sentido em que mostra coisas parecidas, e chama a atenção, e pode consolar depois com as luzes, com os atores que são bons… Mas o cinema não é vida. É uma representação da vida, uma coisa ao lado. É tudo falso no cinema.  Mas a ideia tem que estar lá. Este é um filme de ideias. Eu gosto muito da oralidade do Saramago, que mostra a oralidade do Pessoa.”

João Botelho, in an interview with RTP on the occasion of the film’s premiere, answers the question about what led him to choose this text by Saramago to turn into a film:

“Saramago has many good texts. I could have chosen any, but this one was special… there wasn't the pandemic yet, but there was the unrest. I think that cinema can disturb and can comfort at the same time. Disquieting in the sense that it shows similar things, and attracts attention, and can also be consolling with the lights, with the actors who are good… But cinema is not life. It is a representation of life, something next to it. Everything is fake in the movies. But the idea has to be there. This is a film of ideas. I really like Saramago’s orality, which shows Pessoa’s orality.”
%d bloggers like this: